sábado, 7 de novembro de 2009

"Todo pasa y todo llega

Así lo nuestro es pasar

Pasar haciendo caminos

Caminos para llegar."

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

... em casa.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

... and I'm feeling good!

Photo by: michellemonique.deviantart.com

E é que sabe mesmo bem...

Acordar à mesma hora mas com o Sol ainda abaixo da serra e vê-lo subir ainda em tons de vermelho. Reanimar as camisolas e estrear (finalmente) o novo casaco de Inverno. Sair à rua, sentir o vento e cheirar a terra húmida.

(ainda) Adoro Setembro. Setembro era o fim das férias e isso era bom. Nunca me pareceu grande ideia ficar 3 meses em casa de papo para o ar, pelo que lá para Agosto já andava a sonhar com os livros da escola e a escolher cadernos. Cadernos... cadernos... fazia listas, recortava catálogos, imaginava as cores, o cheiro. Ainda hoje os acumulo. 3 anos depois do último regresso às aulas, continuo a comprá-los só porque sim. Gosto de vê-los e de sentir a textura das páginas e imaginar que ficariam óptimos se voltasse a estudar.

Tinha 4 anos quando perguntei à minha mãe se já era altura de ir para a escola (nunca estive na creche). Aos 6, mal aprendi a ler, devorei a colecção do Noddy - uma espécie de recompensa de uma 'amiga' já universitária na altura. Senti-me gigante =)

Felizmente, embora a escola tenha acabado, continuo ligada à Educação. Setembro continua a ser o 'regresso às aulas' ainda que, por agora, eu esteja nos bastidores.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

... Serei só eu, ou sempre que nos deitamos, mesmo que acidentalmente, à tarde, dá-nos o sono equivalente a 3 dias em claro?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Viver sempre também cansa.

"Viver sempre também cansa!
O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinza, negro, quase verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.
O Mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.
As paisagens também não se transformam.
Não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua.
Tudo é igual, mecânico e exacto.
Ainda por cima os homens são os homens.
Soluçam, bebem, riem e digerem
sem imaginação.
E há bairros miseráveis, sempre os mesmos,
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe,
automóveis de corrida...
E obrigam-me a viver até à Morte!
Pois não era mais humano
morrer por um bocadinho,
de vez em quando,
e recomeçar depois, achando tudo mais novo?
Ah! se eu pudesse suicidar-me por seis meses,
morrer em cima dum divã
com a cabeça sobre uma almofada,
confiante e sereno por saber
que tu velavas, meu amor do Norte.
Quando viessem perguntar por mim,
havias de dizer com teu sorriso
onde arde um coração em melodia:
"Matou-se esta manhã.
Agora não o vou ressuscitar
por uma bagatela."
E virias depois, suavemente,
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo..."

José Gomes Ferreira
in "Poeta Militante"

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Tarde produtiva

Hoje aproveitei o dia de folga para dar mãos a algumas ideias que tenho tido.

A Mariana está a chegar e estes primeiros vão para ela :) Para começar, uma almofada de alcofa e um "agarra-chuchas" como os que a minha mãe improvisava para mim.

(E bem aqui no meio a minha única chucha em bebé!)

terça-feira, 31 de março de 2009

Vidas nas Vidas de outras vidas

Há Vida na minha vida. As suas tentativas (frustradas) de chegar mais cedo ao trabalho levam-me às minhas (também frustradas) tentativas de não acordar quando o despertador toca. Lá fora, na noite clara, assiste-se aos primeiros rasgares-rosa que anunciam a manhã. Fecho os olhos. Lá fora, na manhã escura, o mundo acorda e, dentro de momentos, juntar-me-ei a ele.
Sinto-me uma das pessoas sortudas que tem a oportunidade de ver Lisboa despertar. O abrir das portas, o estender dos toldos, as caras ensonadas por trás de jornais e do vapor do café quente, personificam o rol de cheiros e sons que se deixam acordar. Existe uma ordem, um fim, um propósito no burburinho que observo.
E os dias nunca são iguais. As montras mudam de cara ou, pelo menos, de cor. Numa cidade pautada pela mudança, há sempre mais um tijolo e menos uma porta. Há sempre mais uma pintura sobre a parede velha e (antes) suja.
As ideias fervilham, a paixão aquece, os olhos cruzam-se e sorriem. A ânsia de Procurar, a ansiedade no Encontrar. A mudança, a superação, a vontade de Caminhar... caminhar... caminhar mais... para mais longe. Há Vida em toda a minha vida... e eu... sinto-a :)

domingo, 29 de março de 2009

Trekking

"Trekking é uma palavra de origem sul-africana que significa seguir um trilho. Não é alpinismo, não implica escalada - apenas caminhar, o exercício mais natural do mundo."

Já me habituei ao facto, até porque o repito para mim própria centenas de vezes ao dia, que o objectivo em Si da Vida é caminhar. É partir. Mais do que encontrar respostas, os nossos dias alimentam-se de perguntas feitas e de trilhos traçados, rumo a um objectivo quase sempre incerto, quase sempre indefinido, que arrasta consigo a reformulação de outras tantas perguntas, que perpetua a estrada..

Encontro-me repetidamente neste ponto. Um regresso às origens, entorpecido pelos acontecimentos acomodadores semanais, e incendiado pelos momentos de silêncio e vazio de domingo. E o ciclo recomeça.

Amanhã e, por 5 dias, estarei de novo em paz. Por hoje continuarei a Caminhar.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Manhãs

As horas cá por casa têm sons próprios. Corridas em círculo atrás do rabo sobre a manta dizem-nos que chegou a manhã. O despertador confirma. Denunciada pelo abrir de olhos, rapidamente cedo à chantagem de miares consecutivos e incessantes. Ele sabe como fazê-lo.
Arrasto-me. Tenho sempre dificuldades em lembrar-me que, dentro de 40 minutos, haverá uma nova paz. Os 20 minutos mais intermináveis do meu dia pela Linha de Sintra trazem-me todos os dias algo novo que aquece qualquer começo de dia.

domingo, 22 de março de 2009

Mobiles Out or Order

Hoje regresso ao telefone de casa, tal e qual como antigamente.
Estou farta de toques, mensagens, chamadas do trabalho a horas inconvenientes.
Telemóvel das 9h30 às 18h00 e, depois disso,

O silêncio.

It's all so quiet.. schhh-schhh..

domingo, 1 de março de 2009

10 things I hate about myself :)

Dou, por mim, e penso que não será diferente nas outras pessoas, a obervar, questionar assimilar características das outras pessoas. Mania de psicóloga ou não, a verdade é que esses pormenores que capto ajudam-me a formar opiniões, determinam a forma como me coloco perante essas pessoas e, na maioria das vezes, justificam as minhas decisões. As mesmas surgem como uma rede de argumentos que se arquitectam em torno das minhas dúvidas e receios, dando-lhes forma, e motivando-as a encontrar um desfecho. Assim, deparo-me frequentemente com as coisas que mais odeio nos outros. As "10 coisas que odeio nos outros" começam frequentemente com a apatia, a falta de sonhos... mas, e em mim? Que "10 coisas é que odeio em mim?" Precisei de dias para responder à pergunta que, em 5 minutos, consigo responder a respeito de outros.

E, assim, e porque acredito que todos os dias são bons dias para mudar de página e começar de novo:
1) odeio ser preguiçosa e passar o tempo a ver o tempo passar: a maior parte das vezes passo tanto tempo a decidir a coisa certa para fazer que acabo sentada a lamentar não ter tido tempo para fazer nada;
2) odeio esquecer-me de quais as coisas que devo fazer para me sentir bem;
3) odeio descobrir tarde demais a solução para o que de mal me vai acontecendo;
4) odeio ser desorganizada;
5) odeio ser tão crítica com os outros;
6) odeio procurar os defeitos dos outros para justificar os meus comportamentos;
7) odeio deixar-me levar pelo superficial e precisar de taaaanto tempo para atingir o verdadeiramente importante;
8) odeio as minhas indecisões;
9) odeio esperar por amanhã;
10) estou a decidir =P

E vocês? Quais as 10 coisas que mais odeiam em vocês...?

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

.um hálito de música ou de sonho, qualquer coisa que faça quase sentir, qualquer coisa que faça não pensar.


bernardo soares
livro do desassossego