segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O filme acabou pela morte das palavras.

al berto

domingo, 7 de novembro de 2010


Sabes que te estás a tornar numa "delas" quando ficas 3 semanas sem vir ao teu blog, quanto mais não seja para ler outros blogs.

domingo, 17 de outubro de 2010


Sabes que te estás a tornar numa "delas" quando, no último mês, compraste 3 pares de sapatos e ficas ansiosa por ver como ficam no novo roupeiro na nova casa.

domingo, 10 de outubro de 2010

You do.


"Some people feel like they don't deserve love. They walk away quietly into empty spaces, trying to close the gaps to the past."


Into the Wild

domingo, 23 de maio de 2010

Hay mas en esta vida que solo foc. BCN - Day 1.

Hoje amanheci com a certeza de ter pela frente um dia brutal. Após uma semana de muito trabalho e de cansaço acumulado, dormi. Dormi muito e dormi bem. Hoje estou, pela primeira vez em muito tempo (2 anos parece-me), sozinha em casa e nada me poderia dar mais prazer.

Como planeado, consegui ficar até mais tarde na cama, mas ainda com muitas horas pela frente. Levantei-me, tomei o pequeno-almoço e parti para o banho. Troquei a areia do gato (how charming!), arrumei a cozinha e almocei. Com música. Com calma. Em paz.

Vesti-me, passei os olhos pelos livros de costura - os projectos acumulam-se nas minhas ideias. Por enquanto, sem máquina, nada posso fazer. Por isso, parece-me um excelente dia para actualizar o blog. A lista do lado tem sido riscada, mas nada tem sido comentado por aqui. Time to change.

Não sei por onde começar... Talvez por Barcelona.


É raro que algo na minha vida aconteça como planeado e de forma pacífica. Mas também são normalmente os imprevistos que me dão mais adrenalina e me fazem sentir mais viva, pelo que já consigo viver bem com esta realidade. A viagem não foi excepção.

Ainda no check-in, estranhámos quando perguntaram à S. pelo seu passaporte. Ela não havia reparado, mas o seu BI estava caducado pelo que, por pouco, o passeio não acabava mesmo por ali. Superado o primeiro obstáculo, entre gargalhadas, fotografias e muitas borboletas na barriga, é hora de embarcar. O calor é mais que muito (há que vestir muitos casacos para enfrentar o frio de Barcelona, e escapas à mala de porão) e, no limiar da desidratação, opto por voltar a pôr um dos casacos na mala comprada pela mãe à última hora, e já não a consegui fechar. Percebi rapidamente no que é que a Oriflame precisou de poupar para vender trolleys por 11€ - no fecho! Foi assim esta a minha imagem acabadinha de chegar ao destino, arrastando uma mala presa com um cinto. Sounds just perfect =)

A destacar: "Trava trava cabrón!" gritado dos últimos bancos do avião aquando da aterragem. Priceless!

Hora de ligar os telemóveis, ver a morada do F., ligar-lhe para receber orientações. Fiquei espantada quando vi o meu ligado, e ainda mais estupefacta quando o vi desligar-se por falta de bateria. O mesmo com o da S., brilhante! Uma cidade desconhecida, sem moradas e sem telefones. Tínhamos a referência do W, hotel onde o F. trabalha - pensámos! Toca de atacar os guias, mas o W não constava. Não fazíamos a mais pequena ideia onde seria. Bem, também qual seria a coisa mais grave que poderia acontecer? Termos que andar o resto do dia com as malas (a minha lá continuava com o cinto) e dormir noutro sítio qualquer. Na verdade na verdade, aquele episódio propiciou-nos uma sensação de liberdade muito mas muito boa. Lá fomos nós à deriva.

Quisemos evitar os 5€ do aerobus, procurámos o autocarro que nos levaria ao comboio. Encontrámos, tanto o autocarro como o aeroporto (de novo, no lado oposto), dado que foi para onde o mesmo autocarro nos transportou. Mas era mesmo assim, a estação de comboios era no próprio aeroporto, por isso não, não nos tínhamos enganado.



Plaça de Catalunya. Continuávamos sem saber que direcção tomar, e os cafés não tinham tomadas disponíveis. Portanto, hora de Frigo Pie - aquele gelado da minha infância que, por razões que não entendo, a Olá deixou de vender em Portugal. Só por isso, Barcelona já teria valido a pena.
Nessa tarde, havia uma luz esplêndida nas ruas. As pessoas acotovelavam-se nas Ramblas, e acumulavam-se no jardim de la Plaça. Decidimos juntarmo-nos a elas, pousámos as malas na relva e por ali ficámos. Fotografias, gargalhadas e borboletas parte II!

Como é boa a vida e tralala e como são mais que muitos os carteiristas por ali! Lembrámo-nos mesmo a tempo dessa realidade quando senti um olhar suspeito, e agarrei a máquina fotográfica. Uns metros ao lado, com menos sorte, um outro turista foi caçado. Não percebemos se algo foi roubado, mas a mestria com que aqueles roubos são feitos é impressionante! Quase não se dá por nada! Foi um belo primeiro contacto, mas que nos deixou alerta para os restantes dias.

Outra coisa comum en la Plaça são os pombos. E descobrimo-lo da pior maneira. Safámo-nos do carteirista, mas não do pombo que decidiu aliviar-se mesmo em cima de nós! Estórias...


Conseguimos contactar o F. menos de 1 hora depois. No Starbucks cederam-nos uma ficha. Não sou fã, acho que o Starbucks vive do Marketing e que a qualidade não é proporcional à sua popularidade, mas fiquei rendida com a atitude. Não prometo consumir, mas prometo não difamar. Comunicações estabelecidas, rua identificada. Sentido de orientação feminino... Lá fomos nós Ramblas fora, Vicky Cristina no mp3, sorrisos mais que muitos, emoções em explosão. A rua acaba, estávamos perdidas, tínhamos ido no sentido oposto. Ponto negativo: 1h30 a andar com malas numa rua completamente apinhada de gente; Ponto positivo: encontrámos o W!

Chegadas ao hotel, malas entregues, era hora de rumar a Barceloneta. Uma espécie de Costa da Caparica em Barcelona, mas que nos deixaria memórias fabulosas.

A noite foi passada no Foc You. Reunimo-nos com o F., conhecemos os seus amigos e a Rosita, a mexicana que lá trava. Te quiero mucho Rosita! :)

Nesta noite começámos a aprender algumas lições de Barcelona:
1) Hay mas en esta vida que solo foc";
2) Em Barcelona, tudo se mede em 10 minutos e em 20€;
3) Bebemos sempre mais do que pagamos.


End of day 1!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

2010: "Relativizar"


*Ilustração de Maria Nogueira

"É tudo uma questão de atitude!" - diz-se sempre. É verdade. Pela primeira vez em muito tempo (3 anos talvez), estou cansada. Mas cansada porque vivo. As minhas semanas foram do estado "pasmaceira total" ao estado "actividade (quase) permanente. E estou a adorar. Hoje acordei e contei os dias que faltam até poder ficar a dormir até mais tarde - 4 dias. E decidi que no próximo Domingo não vou fazer absolutamente nada. Sei que a probabilidade disto acontecer é baixa, até porque, especialmente em dias de Sol, salto da cama pouco depois das 8h e, com toda a gente a dormir, não me resta senão sair para a rua e aproveitar a manhã. De qualquer forma, vou tentar.

Na passada 6ª feira, tornou-se real (e foi até cómico) esta situação. Em conversa com a chefe que me convidou para a inauguração de uma exposição nesse mesmo dia, a minha resposta foi: "Sabe, hoje não consigo ir à exposiçã0. Tenho que aproveitar para ir ao Mundo Mix, dado que este fim-de-semana vou para a Zambujeira". E foi uma excelente sensação.

Estou, sem dúvida, a ter um dos melhores anos da minha vida. Um ano de novas atitudes. 2009 fechou-se, entre discussões, ao som da passividade. 2010, o ano do avental, acordou com a certeza da mudança. E ao ver a minha lista, riscada de semana para semana, sinto-me em paz. 2010 trouxe-me uma nova palavra: "Relativizar", e ainda bem :)

sábado, 8 de maio de 2010

Há rostos tecidos de palavras...

... e gente movidas a sonhos, em cujo olhar descobrimos, extasiados, aquilo que em tempos fomos. Homens-astros, impossíveis na sua beleza estrelar, anunciam tempos novos.

Em reinos de marfim onde até mesmo a mais pequena fracção de terra refulge, decretam leis invisíveis, planeiam novos modos de obterem a concórdia absoluta e, no fim, escarnecem da tosca grandiloquência humana.

"É matéria altamente ilusória esta! Não confiem no que os vossos olhos vêem", contrapõem os cépticos do costume, desejosos de fazerem alastrar a secura interior que os devasta e silenciarem os que ousam a felicidade.

Temem que a sua mensagem faça implodir os seus edifícios de soberba, mas desconhecem que a queda há muito ocorreu, espoletada por eles próprios. E então, como que por milagre, todas as faces se reúnem numa só. Um único traço os une, indestrutível na sua aparente fragilidade: o sorriso.

Sérgio Almeida
(EPOPEIA PARA ADULTOS ACRIANÇADOS)*


*espantosamente descoberto na Feira do Livro .10

Ilustração de Suzy Lee, em "Espelho"

terça-feira, 20 de abril de 2010


"Um dia, o mais provável é tornares-te num chato, deixares de sair à noite e começares a levar-te demasiado a sério. Nesse dia, vais começar a vestir cinzento e bege, pedir para baixar o volume da música e deixar a tua guitarra a apanhar pó. Vais tornar-te politicamente correcto, socialmente evoluído, economicamente consciente. Vais achar que tens de ir para onde toda a gente vai e assumir que tens de usar fato e gravata todos os dias. Nesse dia, vais deixar de beijar em público, as tuas viagens serão mais vezes no sofá e dormirás menos ao relento. É oficial. Vais entrar na idade do chinelo e deixar de ser quem foste até então. Vais deixar de te sentar ao colo dos amigos e vais esquecer-te de como se faz um quantos-queres ou um barco de papel. Vais ficar nervosinho se não trocares de carro de quatro em quatro anos e desatinar se o hotel onde estiveres não te der toalhas para o teu macio e hidratado rosto. Vais tornar-te muito crescido e começar a preocupar-te com tudo e com nada e a não fazer nada porque "vai-se andando" e a vida é mesmo assim. Vais dizer não mais vezes, vais ter mais medo, vais achar que não podes, que não deves, que tens vergonha. Vais ser mais triste. Nesse dia, o mais provável é que também deixes de beber refrigerantes.

Aqui fica uma ideia: Quando esse dia chegar, não lhe fales."

*Nova campanha Sumol num dos diários de propaganda gratuitos

sexta-feira, 9 de abril de 2010



X: 'Tão, e o que é que fazes este Domingo?"

Y: "Olha, por acaso, vou a Barcelona!"

=D =D =D =D =D =D =D =D =D (já perceberam os níveis de felicidade, ou tenho que continuar com os smileys? =D)

domingo, 7 de março de 2010



Tenho riscado mais alguns itens da lista, mas não tenho postado nada sobre isso. Não que esse facto seja particularmente importante - as visitas ao blog são diminutas -, mas quero fazê-lo.

Estou bastante satisfeita. Todas as semanas venho até aqui e há sempre mais alguma coisa para riscar, o que atesta a minha fidelidade ao compromisso que estabeleci comigo própria. As semanas têm-se sucedido, como sempre, muito rapidamente. Já a sensação de vazio tem-se sucedido, ao contrário do habitual, mais raramente.

Faço um balanço destes 2 primeiros meses. Percebo que estou mais perto. 2010 tem muito para me dar porque, acima de tudo, eu tenho muito para me dar. Lentamente, percebo que, no final de contas, é uma questão de postura. Postura e determinação. Querer mais, querer melhor, e assumir o desafio. Os dias sucedem-se e as escolhas são mais fáceis. Tudo está no seu sítio (na maior parte do tempo).

Por comentar ficou:

  • Fazer azeite aromático: Fi-lo há 2 semanas, ficou no escuro, bem selado como recomendado e estava ansiosa para ver como tinha corrido. Ontem experimentei e achei espectacular. Optei pelo azeite com malagueta e tomilho e ficou óptimo com o lombinho de porco com batatas assadas em alecrim. Recomendo!

  • Ir ao Pois, Café com a Joana: Lá fomos após um almoço cá em casa com a Sara (Cogumelos com Alecrim, Frango com Salsa e Oregãos, e Petit Gateau). Correspondeu ao esperado: final de tarde descontraído, impregnado de boas sensações, acompanhadas de gente bonita e diferente, num ambiente de grande espontaneidade e inspiração. Surpreendeu-me o Book e DVD Crossing praticado no próprio espaço, ao alcance de todos.

  • Ir a 2 museus (1/2): Ilustrarte '09 no Museu da electricidade. Fomos no passado Domingo. Ficámo-nos pela exposição, e nem usufruímos do Amo-te Tejo no piso inferior. Voltámos com muitos novos nomes da Ilustração Infantil, e com a convicção de que os italianos são mestres nesta área. As fotos estão em fila de espera para serem tratadas e postadas por aqui.

  • Ir à Crafts & Design: Assim começámos o nosso Domingo. Esperávamos algo maior e com uma amostra mais variada. Lá, acrescentámos estas ideias ao nosso imaginarium:
http://radioflyur.blogspot.com/
http//moveisemcartao.blogspot.com

A tarde será dedicada ao sofá e à TV que está de volta. Camus à distância de um braço e até amanhã!




sexta-feira, 5 de março de 2010


Ainda não tinha tido oportunidade de postar os meus bonecos gengibrescos!


"Botões-de-Rosa"...




... e a sua pândega!




segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Bread for the Mad!

  • Fazer pão
E ficou muito mau! Não sei se foi da receita, se do forno, se dos ingredientes. Fiz tudo à risca e o resultado foi uns pães/scones (estou indecisa) amarelos e queimados... any tips?

O que foi ainda torna a sê-lo

Gosto mesmo de velharias. Sou uma saudosista fora de tempo. Chego cedo demais a todas as épocas da vida e esta, pelos vistos, não foi excepção! Dou por mim a recordar coisas, tradições e objectos do passado com sexagenários como se eu tivesse estado lá, e essas coisas tivessem sido parte da minha vida, marcando momentos.

Acho demais o primor com que a maior parte dos objectos eram feitos. Os trabalhados das formas, as texturas, a distinção, elegância e sobriedade. Tudo era realizado minuciosamente, na sua grande parte à mão, tendo em atenção o mais leve detalhe. E eu fico assim, perdida, rendida, descobrindo cada pormenor. E adoro perceber que existe muita gente como eu. E que essa gente faz blogues, e cria páginas na web que me enviam newsletters diárias para eu delirar, como é o caso da Etsy.

Ontem apaixonei-me por estas. Perfeitas para a composição de molduras que estou a planear para o quarto. Há uns tempos tinham sido estes, que continuam a deixar-me com muita vontade de dar uso ao cartão de crédito!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

At home, not alone, but still having fun

Após a noite de ontem, o dia só podia começar bem. No entanto, tendo menos de 1 dia pela frente até enfrentar outra semana, a neura começou a chegar a pouco e pouco. Empenhada em não gastar o pouco tempo livre com maus humores, saí para ir às compras, trazendo os ingredientes necessários para preparar mais uma tarde de pure relax. E assim foi: eu, o fogão, uma taça de tinto e a Lisa Ekdahl. No forno está agora o pão caseiro feito por estas mãos-aprendizes e o frango com tomilho. A caminho: Cogumelos com alecrim.

A mesa está posta. Sirva-se o vinho.

Cheers*

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Home Alone

É só perfeito. O silêncio, a música que me apetece, crepes de chocolate com banana e morangos, torradas de forno com manteiga e açucar, cogumelos com mozarella e alecrim. A sala quente, uma luz suave, a Tv no mute. Tudo só para mim.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Absurdos

Acordei com um pensamento decorrente da conversa de ontem com a S.. Quis provar-lhe que os outros, à semelhança de nós, não estão sempre assim tão seguros de si, não estão assim tão satisfeitos com a sua vida, e não se sentem assim tão livres quanto isso. E quis fazê-lo para que percebesse que é normal que se sinta como se sente, que não é um alien ou uma desgraçada, que o que tinha a fazer era pegar nessa ideia e fazer da sua vida, a melhor vida que conseguisse. Mas a ideia que me atingiu pela manhã foi a de que, a avaliar pelo número de pessoas "infelizes"que conheço, existe mesmo uma gigante percentagem de probabilidade de todos nós caminharmos para essa infelicidade ou insatisfação, independentemente dos planos que tracemos ou das escolhas que façamos. Após a angústia inicial decorrente da sensação de inevitabilidade, senti-me incrivelmente aliviada.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010


If there were no eternal consciousness in a man;

If at the bottom of everything there were only a wild ferment,
a power that twisting in dark passions produced everything great or inconsequential;

If an unfathomable, insatiable emptiness lay hid beneath everything, what would life be but despair?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Finding Neverland

" A luta pelo topo é suficiente para encher o coração do Homem."
Albert Camus
É esta citação que marca o dia, em torno de si giram 4 pontos do meu dia-a-dia.
É o pensamento que encerra as minhas vivências dos últimos 2 anos, tido sobre um homem sobre o qual quero ler, apresentado na série na qual me começo a viciar (Erica Strange) e que foi a principal responsável por me levantar do sofá e pôr a vida no play.
Não acredito em coincidências. E percebo claramente que a vida é um novelo de lã pronto a ser enrolado, que se desmancha a cada novo e inesperado acontecimento. E, após o choque inicial e o desespero por achar que nunca mais nada vai ser como dantes, acabo divertida com a ideia de que ser-se camaleão não basta para fazer frente a cada dia, pelo que o crescimento tem que ser uma constante.
Se gostasse de investigação, fazia um estudo sobre a crise dos 25. Penso que não existe nada. Erikson andou lá perto, e defendeu que a crise dos 20-40 era a da "Intimidade/ Isolamento" - afirmou que a questão central deste estágio se prende com o estabelecimento de relações íntimas com outras pessoas, sendo o principal risco o do isolamento, quando não se verifica aptidão para troca de intimidade com outros. Após isso, viria o estágio da "Generatividade7 Estagnação" (40-65), que diz respeito à necessidade em orientar a geração seguinte, havendo um grande enfoque na afirmação pessoal e profissional. Perante isto, pergunto-me se estarei a sofrer com 15 anos de antecedências... ou se ninguém ainda percebeu 1ue os 23 - 27 são uma fase de extrema violência emocional interior...
Saída da minha espiral egocêntrica, olho em volta e encontro-nos a todos assim: arrastados, desiludidos, inconformados. Crises no emprego, na relação, com a família... E todos com um ponto em comum: O luto do Peter Pan. (ideia a desenvolver)
Estagnados e em pânico, cruzamos os dedos para que amanhã acordemos e seja tudo diferente. Tal como nos disseram que seria...
Não conformada, e com os dedos calejados de serem cruzados, com os dias a sucederem-se sem alterações positivas, escrevo listas de metas a alcançar, saio de casa no meu melhor, e risco itens à chegada. Afinal, é por isto que concordo com Camus - a luta pelo topo tem que ser suficiente...


Por hoje:

Fechar actividade

domingo, 14 de fevereiro de 2010

  • Comemorar o dia de São Valentim

E foi uma noite absolutamente perfeita sobre Lisboa saboreada com:
* Vieira com molho de espargos
* Rosé
(ele) O casamento da carne do lombo de novilho com carão tigre em espetada
(ela) O verdadeiro tornedó com sedução do molho de queijo Azeitão e nozes

Depois, seguiram para o Photus Erotic Club. 3 horas de boa conversa e muita sedução.
(ela) 3 lapdances da Lia e 1 de uma desconhecida.
(ele) assistiu.

perfeito.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010


  • Não atender o telemóvel do trabalho depois das 20h
  • Não espreitar o e-mail do trabalho fora do horário
  • Dizer não à directora, mesmo que não haja nenhum motivo para tal
E ontem foi (novamente) dia de mudança. Mesmo a tempo de riscar 3 itens da lista :)

Hoje iniciei uma vida labora normal, que é como quem diz: 40 horas semanais com direito a telemóvel desligado após o horário terminar, deslocações pagas e seguro de trabalho. 2 anos depois... não está mau!

Next step: escrever uma carta pouco simpática à Directora.
Diz-se que, por vezes, precisamos de mergulhar muito fundo para que consigamos voltar à superfície mais limpos, despertos e esclarecidos. Deixei 2009 com uma profunda sensação de perda e de falha. Falha no percurso escolhido, nas prioridades estabelecidas, nas metas determinadas. Perda de mim. Do que fui. Do que desejei ser.
Abracei 2010 com a convicção de trazer tudo à sua ordem normal. Integrar um Passado num Futuro, tornando o Hoje um espaço tranquilo e confortável, do qual não me apeteça sair. E se "el camiño se hace camiñando", então a primeira pedra precisava de ser pisada rapidamente. Sabia que, dali, se me mantivesse focada nesta busca, saberia que pedras pisar em seguida.
E, embora não goste de resoluções de ano novo - alimentam-nos o optimismo, mas nunca nada acontece, este ano, inspirada por um ano de bigode, resolvi escrever todas aquelas coisas que tenho vontade de fazer e para as quais raramente mobilizo recursos. Diz que, segundo a Sara, se chama "O Ano do Avental" e está esmiuçado ali ao lado em jeito de compromisso público ---->


'only ground is concrete.'

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Diz um livro que li que:

Concentra-te no que está a acontecer agora mesmo
Reage ao que é importante agora mesmo

É um livro de auto-ajuda - "The Present" (Dr. Spencer Johnson). Ando viciada neles. Incrivelmente viciada! Mas descobri que os livros de auto-ajuda falam exactamente do que todos os livros falam, e falam também das coisas que dizemos a nós próprios todos os dias. Então lê-los é como se estivesse a falar de mim para mim. Num tom informal e numa linguagem acessível, sem grande arte literária, põe a descoberto aqueles que vão sendo os dramas de todos os dias. E dão-nos respostas. Afinal, os meus dramas são os dramas de todos, e amanhã será um novo dia.. com novos dramas.

Concordo verdadeiramente com o que transcrevi em cima. Longe de lirismos de Carpe Diem, o momento é agora. Tendemos a medir o presente em função do passado e do futuro e esquecemo-nos de parar. Esquecemo-nos que "tempo é o que se faz com ele", e voamos sobre as horas, saltando entre acontecimentos pouco mastigados, sublinhando causa-consequência, aniquilando a vontade própria. E, a cada fim-de-semana, momento clássico de reflexão, apercebemo-nos de que somos hoje o que fomos ontem, sem qualquer acrescento ou aprendizagem. Eu quero que os dias me acrescentem. Não quero que os dias se acrescentem.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010


Estou no trabalho 1hora após terminar o que tinha para fazer. How weird is that?

Hoje foi dia de mudanças por aqui. Desviar estantes, abrir o espaço, deixar a luz entrar de uma ponta à outra da sala. Espaço para trabalhar, para receber pessoas, para dar consultas. Fotografias e posters pessoais, desenhos dos mini-amigos pelas paredes, e livros, muitos livros...

Do gabinete ao lado, vem música que não consigo decifrar, mas que dá corpo ao espaço e às sensações. Na secretária, acumulam-se esboços do que será o Voodoo Valentine dele. Hoje estou uma sentimentalona e agrada-me a ideia de S. Valentim (how weird is that? Part II).
Fiz uma pesquisa e encontrei a foto acima. Um centro comercial teve a iniciativa de levar as pessoas a colar post-it com mensagens de São Valentim. Uma ideia gira para se importar..

não há vazio quando há paixão.